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  • Foto do escritorJuliana Couto Melo

Estudos com fórmulas infantis não são confiáveis, aponta revisão sistemática




Uma revisão sistemática publicada em Outubro de 2021 demonstrou que estudos envolvendo fórmulas lácteas trazem falta "quase universal de transparência e evidências de publicação seletiva de resultados nos estudos". A revisão torna evidente, também, o ponto nevrálgico dos estudos de fórmulas: o conflito de interesses, o perigo tangenciado de ferir o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, a partir de uma narrativa óbvia e que favorece a indústria, já que houve "exclusões inadequadas de participantes da análise e publicação seletiva de resultados"


Intitulada Conduct and reporting of formula milk trials: systematic review (Condução e Publicação de Ensaios com Fórmulas Lácteas: uma Revisão Sistemática), com tradução Kátia Galeão Brandt, Profa. de Pediatria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), aponta questões, no mínimo, problemáticas.


Os estudos não são confiáveis

A conclusão é objetiva: "Nosso estudo sugere que os ensaios com fórmulas não são confiáveis e podem não proteger adequadamente os participantes dos ensaios. A indústria de fórmulas está intimamente envolvida em pesquisas com fórmulas, as descobertas são quase sempre relatadas como favoráveis e existe pouca transparência sobre os objetivos do teste ou a divulgação dos resultados. Nossas descobertas apoiam a necessidade de uma mudança substancial na conduta e relatórios de testes envolvendo fórmulas para proteger adequadamente os participantes de danos e proteger os consumidores de informações enganosas."


O que é o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno?


Segundo o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, o Código Internacional "é uma recomendação internacional de saúde pública para regulamentar a comercialização de substitutos do leite materno, adotada pela Assembleia Mundial da Saúde (AMS) em 1981."




No Brasil, a regulamentação se dá por meio da Nbcal (Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras). Segundo da Ibfan, a Nbcal corresponde a um conjunto de regulamentações sobre a promoção comercial e a rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém-nascidos e crianças de até três anos de idade: como leites, papinhas, chupetas e mamadeiras. O objetivo da NBCAL é assegurar o uso apropriado desses produtos de forma que não haja interferência na prática do aleitamento materno.




Para ler na íntegra a revisão sistemática, faça download abaixo


Para ler na íntegra a tradução resumida de Kátia Galeão Brandt, faça download abaixo.



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